quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lareiras Humanas


O clima do mundo está mudando.
Estamos assitindo a mutações climáticas repentinas e assustadoras.
A
temperatura global oscila entre extremos, e os cientistas da área não conseguem ver até onde se pode chegar.
Alterações profundas são esperadas; algumas inclusive, com ares de ventos sombrios.
A mudança de temperatura não ocorre apenas no universo; está mudando também a temperatura do coração do
homem.
O coração humano está se esfriando cada vez mais.
Em alguns casos, já é visível o processo de congelamento de muitos sentimentos necessários à vida.
Aos poucos, a vida vai se trasnformando numa grande geleira, e, por causa
disso, vamos construindo cabanas dentro de nós mesmos, para sobrevivermos ao frio intenso dos nossos relacionamentos.
A paisagem polar da alma adquire várias faces e se espelaha por diferentes áreas da vida. Os ventos frios da indiferença
(estado de uma pessoa que tão pouco se importa com alguma coisa como o contrário dela), da
insensibilidade, do egoísmo(amor exclusivo à pessoa e aos interesses próprios), da violência, não param de soprar.
As baixas temperaturas da alma fazem surgir blocos de gelo no coração.
A família é a principal vítima desta queda de temperatura. Antes, os
lares funcionavam como "lareiras", que aqueciam o coração contra a frieza e a hostilidade(oposição) do mundo lá fora.
Como era bom voltar pra casa e aquecer a alma com abraços,
sorrisos, beijos e o carinho das pessoas que amamos!
Hoje, já não há mais lareiras dentro de casa!
O esfriamento dos afetivos congelou o que havia de melhor e mais precioso: o calor humano, e com ele a segurança e o
amor.
Dentro de casa muitos vivem como "esquimós", sobrevivendo ao frio e ao isolamento.

Não só a família.
A frieza e o congelamento se espalham em muitas
outras áreas vitais da existência.
Não existem mais amigos; não acreditamos mais em ninguém. S
omos "apenas" concorrentes nesta difícil arte de sobreviver. A
mentira, traição, a falsidade e outros males, transformam os cenários sociais da existência humana numa verdadeira "Antártida" - o continente das geleiras.
Tudo ficou muito frio ao nosso redor.

Para nos proteger, nos isolamos e
tentamos nos aquecer com a nossa própria solidão. Grande ilusão.
O nosso casaco de pele estará sempre no corpo de alguém.
É a solidariedade
(dependência mútua) e a afetividade que aquecem a existência. Mais que nunca é preciso aquecer a existência e descongelar o coração.
Liberar calor humano em forma de afeto,
apoio, amor, atenção e outras labaredas aquecedoras da vida.
É preciso sair da cabana e se expor ao sol.
O frio é circunstância, o calor é vital.



Deus é Luz, é Sol, é Vida!

Quando seus raios entram na cabana gelada do nosso coração,
liberam energia vital, derretem o gelo, aquecem a alma, e nos trasnformam em "lareiras" ambulantes.
Só então, com as vidas aquecidas pelo calor energético da presença de Deus, mudaremos o clima do mundo, mas o faremos pra melhor!


Por: Pastor Estevam Fernandes (Pastor titular da 1ª Igreja Batista em João Pessoa-PB)

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